Dentre os principais desafios da área de recursos humanos para 2017, a atração e a retenção dos melhores profissionais seguem no topo das prioridades. Mesmo que a crise tenha diminuído o ritmo de contratações e, em alguns casos, até gerado desligamentos, as equipes de RH ainda têm tarefas de sobra relacionadas à gestão de talentos.
Isso acontece porque o risco de perder bons funcionários continua ameaçando as estratégias das empresas. Contudo, quando o assunto é recrutamento e seleção, sobram candidatos para as vagas em aberto.
Sendo assim, é possível afirmar que a gestão de talentos é um trabalho de múltiplas faces e, se não for bem coordenado, pode causar perdas no quadro atual ou futuro de colaboradores.
Pensando nisso, listamos a seguir 5 erros na gestão de talentos que fazem uma empresa perder funcionários. Eles servem de parâmetro para que o RH possa avaliar seu desempenho e realizar as mudanças necessárias, confira:
1º Não ouvir as pessoas
Quem deseja atrair ou reter bons profissionais deve saber, ou tentar descobrir, o que eles esperam do trabalho. Há tempos um bom salário deixou de ser a resposta para essas questões. As possibilidades são as mais diversas: desenvolvimento, benefícios, carreira diferenciada, propósito, etc. Resta ao RH encontrar maneiras de ouvir as pessoas, do contrário, poderá perdê-las.
2º Ter líderes despreparados
Em um artigo anterior, intitulado “Por que a gestão de pessoas não é tarefa do RH”, defendemos que a missão de reter, motivar e adaptar novos colaboradores também cabe aos líderes, aqueles que lidam diariamente com os membros das equipes. Contudo, se o RH não capacita suas lideranças, é a área que comete uma falha de gestão de talentos. Portanto, é preciso envolver os gestores nessa tarefa e dar a eles o suporte necessário.
3º Tratar diferentes pessoas com a mesma abordagem
Seja por questões geracionais, seja por fases de carreira, não há mais espaço para ações – de atração e retenção – que não respeitem as particularidades dos colaboradores. Assim como não faz sentido recrutar estagiários com ferramentas antigas, mas que ainda funcionam com profissionais veteranos, é bem difícil convencer um executivo a permanecer na empresa com a mesma proposta de valor entregue a um trainee.
Isso não quer dizer que um grupo deve ser tratado com mais prioridade que o outro. Ao contrário: cabe ao RH valorizar todos os funcionários, independente de idade, cargo ou função. O que queremos dizer é que os anseios de cada público podem variar e dependem de diversos fatores, como função, idade, gênero, momento de carreira, dentre outros. O RH não pode ignorar essas questões ao planejar a gestão de talentos.
4º Não cumprir promessas
Profissionais frustrados e desmotivados em relação à empresa costumam se queixar de promessas não cumpridas. Ora elas estão relacionadas a desenvolvimento, ora estão ligadas a planos de carreira. Embora alguns projetos exijam tempo e resultados dos colaboradores, uma hora ou outra o prometido deve sair do papel.
O RH precisa ser bastante cauteloso ao entregar uma proposta de valor, especialmente na fase de atração. Nessas horas, as promessas falsas são feitas em relação à cultura da companhia – vende-se uma imagem, mas a prática revela outra. Esse é um erro clássico da gestão de talentos e que precisa ser corrigido em diversas empresas.
5º Não definir talento
Curiosamente, um dos piores erros da gestão de talentos se encontra no foco desse trabalho. Muitas empresas não sabem definir qual é o profissional que tanto precisam – seja para contratar, promover ou desenvolver. Por esse e outros motivos, diversas companhias enfrentam problemas relacionados à alta rotatividade ou à baixa produtividade.
Nesse cenário, a solução pode partir de uma boa gestão por competências, que consiste em mapear habilidades, conhecimentos e atitudes dos colaboradores que são essenciais para o negócio. Os resultados servem de parâmetro para atrair, reter e desenvolver pessoas, que são pilares da gestão de talentos.