O Papel da cultura – Fortalecendo valores e Pessoas

Uma das palestras magnas do CONARH 2019 sobre “Cultura organizacional”, com foco nos valores e nas pessoas das organizações, relevou, e muito, a força que a cultura deve ter nas empresas.

Os organizadores da palestra escreveram, em sua descrição inicial, que cultura e estratégia devem andar juntas nas empresas. Além disso, todas as empresas devem considerar a cultura e os valores como pilares para a sobrevivência do negócio. Junto a esses pilares  entram as pessoas e, consequentemente, a humanização, que é o tema do CONARH este ano.

Portanto, para qualquer evolução, mudança de rota e flexibilização, a avaliação da cultura e o momento da empresa são fundamentais e os valores devem estar intrínsecos para todos da empresa.

Os palestrantes Fred Trajano (CEO do Magazine Luiza), Marco Kali (VP De Global Services da IBM) e Camilla Junqueira (Diretora Executiva da Endeavor) expuseram suas experiências no CONARH 2019 e ajudaram a entender o que fazer para conseguir deixar os valores sempre vivos e presentes nos colaboradores.

Fred iniciou dizendo “O foco sempre deve ser nas pessoas e na inovação”. Para exemplificar, contou que a empresa, fundada pela família, iniciou com as vendas das primeira televisões no Brasil, isso com sua mãe, e agora, ele iniciou a era digital, ou seja, desde sua fundação, eles não param de inovar.

Apesar de toda a inovação, a empresa possui 17 valores, muito bem estruturados, e eles não sofreram alterações e não sofrerão mesmo com tudo de novo que surgiu.

Para que esses valores se mantenham vivos em seus colaboradores, Fred conta que o primeiro contato com os valores já se dá no processo de recrutamento e seleção, pois se faz uma avaliação para que cada valor seja detectado nos candidatos.

Depois disso, cada colaborador é avaliado constantemente em cada valor da empresa por seu gestor. Com isso, as arestas são aparadas no dia a dia e todas as pessoas estão ligadas aos valores todos os dias.

Como os colaboradores é um dos sustentos da empresa, além dos valores, é importante que eles não se sintam inseguros, completou Fred. Para isso, a empresa adota uma forma muito clara e transparente para transmissão das estratégias e enfatiza que nunca se deve desistir das pessoas, devem treina-las, pois elas tem capacidade para aprender.

Para finalizar, Fred deixa uma mensagem para as organizações: “Sejam abertos ao novo, se reinventem. Tenham a consciência que se você não mudar na velocidade do mercado, você pode sair dele”.

Para a Camilla e sua empresa, foi necessário uma adaptação com o que o ecossistema necessitava, para obter o sucesso. Dentro disso cita que “é difícil mudar o perfil de alguém para os valores da empresa. Então é mais fácil encontrar pessoas com os mesmos valores da empresa”.

Como sua empresa é jovem, cita que com o papel do fundador, a manutenção da cultura é mais fácil, pois há a presença de uma figura que espelha muitas pessoas.

Marco começou dizendo sua definição para transformação digital, que para ele significa “transformação de cabeça e comportamento”. Na empresa em que trabalha, conta, que os valores se mantiveram intactos, desde sua fundação, ou seja, mantiveram a essência e essa essência está voltada para os valores humanos.

Explicou que sua estratégia para manter a cultura e que ela ficasse viva nas pessoas foi preciso muita repetição. No começo se utilizou do seu sonho para tentar engajar seus colaboradores, então fez uma reunião e os contou para os que ouviam. Passou-se muito tempo dessa reunião e quando foi fazer a próxima muita gente já tinha mudado e saído da empresa. Com isso, seus sonhos se perderam. Foi aí que ele percebeu que para manter aquilo vivo precisa a todo momento estar lembrando as pessoas dos propósitos. Com isso passou a falar de seus sonhos em todas as reuniões, inclusive para aqueles que já tinham ouvido, porém, era a forma de que sempre que houvesse alguém novo presente, aquela pessoa ficasse sabendo os valores e propósitos pregados. E deu certo, os colaboradores se engajaram mais.

Então, para conseguir crescer e se reinventar, o investimento pesado ficou por conta de muita pesquisa e de respeito e investimento no colaborador. Explica que se o colaborador se autodesenvolve a empresa também se desenvolve. Isso deve ficar muito claro para os colaboradores.

Finalizando deixou três pontos, onde as empresas devem ter atenção e atuação. Todos nós deveríamos se atentar a essa mensagem e refletir em nossos trabalhos e em nosso dia a dia: ter um propósito, não desistir e sempre se reinventar.

 

Frederico Trajano

CEO da Magazine Luiza

 

 

Camilla Junqueira

Diretora Executiva da Endeavor

 

 

Marco Kalil

Vice Presidente GBS Brasil da IBM

 

Matheus Cechito
Matheus Cechito
Coordenador de Relacionamento ao Cliente da Linked RH

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