Inovação, diversidade e comportamento geracional

Vivemos em um mundo onde a concorrência está cada vez mais acirrada e nos deparamos com pessoas em busca do sucesso a qualquer custo. Durante o 45º CONARH, Andreas Auerbach contou aos congressistas alguns estudos que fez sobre comportamentos emergentes e como eles desafiam questões de consumo, atração de talentos e transformação cultural.

Andreas apresentou dois dados importantes durante o evento:

  • Em 10 anos 40% das empresas presentes hoje na lista da Fortune 500 não existirão mais, e 46% delas não existiam a 10 anos (World Economic – Fórum de 2016).
    45% da população mundial tem dificuldade para dormir. Outro indicador importante é que atualmente a depressão é a quarta causa global de incapacidade e deve se tornar a segunda até 2021 (OMS).
  • A evolução tecnológica e a cobrança para entregarmos mais em menos tempo nos puxam para conseguirmos sobreviver no mercado. Em troca disto, estamos sacrificando nosso lado humano, nosso tempo de dormir e de brincar com as crianças, evitando o contato presencial com as pessoas.

Em vez de considerar as gerações X, Y ou Z conforme verificamos com frequência em artigos de diversas bibliografias, para entendimento dos comportamentos dos seres humanos, Andreas demonstrou ao público o conceito de Zeitgeist, um termo alemão que tem como significado o espirito de uma época ou espirito do tempo. Esse é o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo em uma determinada época da trajetória do comportamento humano.

O conceito possui 6 níveis de complexidade:

  1. Instinto Tribos: Período em que os seres humanos começaram a construir pequenos grupos e rituais.
  2. Combativos: Período em que conseguíamos os propósitos a base da força, da luta e do combate para conquista de territórios. Andreas destacou que este nível ainda é muito presente nas empresas.
  3. Dogmáticos: Período em que introduzimos as leis, processos, disciplina e papéis sociais. Basicamente, no mundo atual são insígnias para os papéis sociais, como por exemplo: uniforme de uma empregada doméstica ou um terno de um executivo que diferenciamos certa classe social.
  4. Performance: Período em que iniciou as competições, busca por eficiência, foco e Inovação. Em busca de ser o mais eficiente possível, seja máquina, fornecedor ou pessoa.
  5. Relacional: Período em que começamos a buscar o proposito das coisas, dar resultado mas se importando com as pessoas, levando em consideração seus pensamentos e sentimentos.
  6. Tecnologias Exponenciais: Período do mundo atual, onde se busca sempre a quebra de paradigmas. Um exemplo disso é o uso de smartphones que está desmaterializando as coisas. A 20 anos atrás não imaginaríamos o que estamos vivendo hoje, como os serviços da Uber, que é totalmente contra o que nossos pais nos ensinavam sobre não pegar carona e aceitar comida de estranhos.

Essa mudança de comportamento entre gerações nos obriga a saber lidar com diversas situações e habilidades importantes para o profissional, independentemente do tempo. Os Millennials, por exemplo, possuem muita capacidade de questionamento, porém demonstram pouca energia e espírito de combatividade.

Diante deste cenário, Andreas deixou as seguintes dicas para os congressistas do CONARH 2019:

  • Perdemos muito tempo hoje em dia com coisas não essenciais. Precisamos saber priorizar o que é importante.
  • Cuidado com as generalizações, modas e fetiches. Precisamos saber dosar as expectativas conforme aumenta nossa maturidade, pois quanto maior expectativa, maior pode ser a desilusão.
  • Precisamos encontrar o equilíbrio entre os níveis de complexidade para conseguirmos não nos tornar obsoletos como empresa, profissional, educador e nem nos tornamos uma sociedade patológica.
  • You Either disrupt yourself or someone else will (Peter Diamandis).

 

Andreas Auberbach

Founder and IDM at NEXOHw

Business Partner at Box1824

Eduardo Bueno Pacher
Eduardo Bueno Pacher
Consultor de Implantação da Linked RH

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