É hora de Transformar! Novos cenários, novas atitudes – Um olhar feminino sobre os novos tempos

Sabemos que com os avanços obtidos em diversos seguimentos, principalmente em relação à tecnologia, é necessário que os profissionais estejam preparados para acompanhar e compreender todas estas mudanças significativas que podem ou estão ocorrendo.

Além de evoluções técnicas, é necessário olharmos também para as evoluções humanas. Existem outros pontos como a diversidade e inclusão que devem ser levados em consideração dentro do mercado de trabalho. Este foi o tema discutido por Ana Paula Bogus e Gabriela Manssur, em uma das palestras ocorridas no CONARH 2019.

Para ambas, um dos assuntos que mais está em pauta no momento é a inclusão da mulher em cargos de liderança e as resistências e dificuldades que são encontradas por quem opta em trilhar neste caminho.

Com mais frequência as mulheres tentam ingressar em cargos de liderança dentro do âmbito organizacional e conquistar sua independência financeira, além de atingir seus objetivos pessoais. Porém, muitos obstáculos como: falta de oportunidades, descredibilidade, julgamento de incapacidade liderança e outros, são encontrados.

Para Ana Paula Bogus, que atualmente ocupa o cargo de gerente-geral da operação da Kimberly Clark Professional, o pré conceito de subjugar a capacidade da mulher de gerenciamento tem diminuído cada vez mais e, com isto, o ganho de espaço para a atuação da mulher em cargos de liderança dentro das organizações vem aumentando. Ademais, acredita que este ganho de oportunidades e reconhecimento está sendo notado em todas as esferas e não somente na organizacional.

Em contrapartida, como promotora de Justiça do estado de São Paulo, Gabriela Manssur ressalta que ainda existem grandes números de casos de desacato e agressões contra as mulheres em nosso país e que nem todas possuem as mesmas chances de trilhar um carreira bem sucedida. Para ela, o pre conceito ainda é existente e por mais que as mulheres já tenham ganho um grande espaço e mais responsabilidades, existe ainda um longo trabalho a ser feito para que possam chegar ao mesmo nível de reconhecimento e oportunidades que os homens.

Outro ponto de destaque foi a opinião de ambas as palestrantes a respeito da Inteligência Artificial, que é uma demanda que está em constante evolução no âmbito organizacional e que ainda é temida para alguns dos profissionais.

Gabriela Manssur afirma que “… o uso da inteligência artificial não vem para substituir e sim para somar, pois por trás de todo robô, existe um ser humano para dar vida e sentimento a ele”. Ana Paula parte do mesmo pensamento e complementa ainda que, a humanização somente será possível quando todas as pessoas começarem a pensar que é necessário estar presente, todos os dias e em todos os momentos, de corpo e mente.  

Cita ainda, que outro desafio encontrado hoje é o desempenho e envolvimento das equipes como um todo, uma vez que existe um misto de gerações presente no mercado de trabalho. O encontro das gerações baby boomer com a geração millennial, por exemplo, é algo bastante discutido ainda pois são duas gerações completamente distintas em relação a forma e aos processos de trabalho, além das diferenças ideológicas em relação aos pontos já citados anteriormente: a busca pela independência feminina em cargos de liderança e a evolução da Inteligência Artificial.

A geração millennial surge como principal impulsionadora das idealizações de que as mulheres são tão capazes quanto os homens de atingir cargos de autoridades e apoia este movimento, uma vez que algumas das características mais marcantes desta geração são a empatia e o empoderamento.  

Já quem faz parte da geração baby boomer acredita que estes cargos são favoravelmente ocupados e destinados ao público masculino, e teriam dificuldades em aceitar ser liderados por uma mulher.

Em virtude de diferenças como estas, segundo Ana Paula, algumas empresas estão optando por trabalhar com metodologias nas quais não existe uma liderança imediata direta, mas sim, grupos de trabalho nos quais todos são pares e todas os colaboradores possuem liberdade e um certo nível de autoridade. Inclusive, a organização na qual ela atua já optou por este modelo e tem tido grande retorno positivo do mesmo.

Desta forma, a troca de informações e experiência são mais constantes e os riscos de existirem discriminações em decorrência da idade ou geração na qual o colaborador se enquadra, ou do sexo do mesmo diminui. Todos os profissionais passam a ser vistos e se verem como iguais em níveis de potencial de entrega para a empresa.

 

Ana Paula Bogus

Gerente Geral da KCP Brasil

 

 

Gabriela Manssur

Promotora de Justiça do Estado de São Paulo do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica – GEVID

Redação
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