Treinamento on the job – Definição, vantagens e como estruturar um treinamento prático adequado

Está cada vez mais comum o treinamento on the job, o que é nada mais do que um treinamento que acontece no próprio local de trabalho. O objetivo de realizar esse tipo de treinamento é observar como o funcionário se porta diante dos desafios cotidianos da empresa, bem como alinhá-los com o método de trabalho da organização. Você se lembra de quando era criança e aprendia as coisas, como o simples ato de falar, apenas observando os outros, seus pais, professores, colegas?

Pois bem, alguns líderes defendem a ideia de que os profissionais aprendem mais através do seu trabalho diário do que durante cursos de treinamento formal, afinal a experiência adquirida nesse período não poderia ser obtida em outros tipos de treinamentos, pois o mesmo é muito diferenciado. Porém, ajudar os membros de suas equipes aprender “on the job” é, sem dúvida, mais difícil na prática do que na teoria.  Por isso, este artigo tem como objetivo oferecer insights parar criar estratégias de aprendizado no trabalho para membros do time com ênfase no treinamento on the job.

 

Mas, como funciona na prática?

Muito usado nos programas de trainees e em programas de liderança, nesse tipo de treinamento on the job o profissional participa da rotina de trabalho da área, tendo assim, a responsabilidade de um funcionário que está há mais tempo na companhia.

O profissional que está participando desse tipo de treinamento realiza atividades, toma decisões e é avaliador por um gestor. Falando em termos práticos, isso proporciona um grande aprendizado, capacitação e desenvolvimento mais acelerado.

 

Suas vantagens

Realizar treinamento on the job (prático) faz com que a padronização nos métodos de trabalho seja mais fácil de ser obtida, assim como também promove a integração e aumenta a confiança entre aquele funcionário que está chegando na empresa e os funcionários que estão há mais tempo na companhia.

Além dessas vantagens, listamos aqui outros três pontos que merecem destaque:

  • Produtividade: quando o funcionário é treinado longe do local de trabalho, o conteúdo pode parecer intangível, abstrato, difícil de ser compreendido, ou seja, ele acaba levando mais tempo para absorver o conhecimento. Dessa forma, o ambiente pode ajudar a equipe a aprender mais rápido e na prática, consequentemente o resultado vem mais rápido.
  • Espírito de liderança: os profissionais que passam por esse treinamento on the job geralmente desenvolvem o seu espírito de liderança e criam maior conexão com a empresa.
  • Economia de tempo e de dinheiro: sim, será possível economizar tanto tempo, quanto dinheiro. Haverá o investimento inicial em capacitar os líderes das equipes, mas, uma vez capacitado, o profissional terá condições de aplicar os treinamentos, com a vantagem de saber o horário mais adequado e a velocidade em que deve seguir com o conteúdo, afinal de contas, ele conhece o próprio time. Infraestrutura pode ou não ser necessária, isso vai depender do conteúdo. Em muitas situações será possível garantir a aprendizagem no próprio local de trabalho.

 

Aprenda fazendo, faça aprendendo

Agora você conhecerá duas das principais metodologias e sugestões sobre como implementar o treinamento on the job e os cuidados que deverá tomar:

 

  • Coaching

O coaching, que é uma tutoria individual, é uma das formas de treinamento on the job. Uma pessoa com conhecimento da atividade fim acompanhará o processo de aprendizagem tomando ações em função das fraquezas e necessidades daquele que está aprendendo a atividade.
Esse processo é muito interativo e depende totalmente da habilidade e disponibilidade do “coacher”.

É altamente recomendável que seja estipulada uma predefinição do que será transmitido no processo, uma agenda clara com o tempo dedicado esperado de cada uma das partes e a maneira como será avaliado o resultado.

  • Rotação de funções

Provavelmente, este seja uma das maneiras mais interessante de treinamento on the job, quando se visa ter funcionários com entendimento das diversas partes de um processo que ocorre em áreas distintas. No final do processo, haverá pessoas com entendimentos mais amplos dos processos e capacitadas para perceber pontos de melhorias. Além disso, também pode ser utilizado de forma contínua como forma de aliviar o cansaço de determinadas funções.

O ponto de atenção está na logística, nos alinhamentos necessários e até nos custos que podem estar envolvidos. Importante deixar claro que também pode existir uma necessidade de gestão dos profissionais que estão fazendo o “job rotation”, os quais podem se sentir sem um gestor próprio. É essencial que haja muita clareza, alinhamento e gestão do dia a dia com aqueles envolvidos diretamente e no entorno desse processo.

 

Não se esqueça: relacionamento saudável é a base de tudo, inclusive para o treinamento on the job

Suas tentativas de desenvolver sua equipe através destas experiências terão pouco impacto se forem conduzidas em um cenário onde o relacionamento é ruim. Se você for visto como incoerente, injusto ou se um funcionário estiver insatisfeito com você, em geral, suas tentativas de desenvolver seus funcionários provavelmente não terão sucesso. O primeiro passo para desempenhar um papel construtivo no desenvolvimento do funcionário é, portanto, o estabelecimento de relacionamentos saudáveis ​​com sua equipe.

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