O atleta paraolímpico Yohansson Nascimento e o casal fundador do Caçadores de Bons Exemplos, Iara Xavier e Eduardo Xavier, em seu painel no CONARH intitulado “O caminho para a transformação e geração de propósito”, debatem o que motiva suas ações em detrimento da crise financeira e política. Este debate girou em torno do quanto o protagonismo pode mudar uma cultura social e organizacional e como usar este protagonismo para promover o desenvolvimento profissional/pessoal dos funcionários e gerar o propósito nas organizações, aumentando o engajamento.
O tema “Protagonista da transformação” do CONARH 2018 quis trazer para a sua primeira palestra um exemplo de pessoas que fizeram a diferença em suas atividades.
A equipe do CONARH definiu Protagonismo como “tudo que a gente faz com gosto” e a Iara usou uma linguagem mais coloquial para definir protagonista como “o herói que combate na primeira fila”.
Mas, o que essas pessoas têm de protagonismo a ponto de estarem palestrando para milhares de outras pessoas no CONARH?
Yohanssom nasceu sem as duas mãos, e como ele mesmo coloca, ele poderia ter ficado lamentando o fato de não ter mãos, mas ao invés disso, escolheu ser o melhor do mundo no que faz. Além de outros feitos, ele é campeão paraolímpico na prova dos 100m rasos na Paraolimpíada de Londres de 2012.
Seu método para superar sua dificuldade foi agir com naturalidade, pois, quando criança, não deixou de fazer atividade alguma, pelo fato de não ter as mãos.
Iara e o Eduardo resolveram vender e doar tudo o que tinham para seguir a vida buscando pessoas com bons exemplos. Fundaram o Caçadores de Bons Exemplos e hoje viajam pelo Brasil em busca de pessoas com bons exemplos, que na definição deles “são pessoas que fazem a diferença na comunidade em que vivem”.
Para conseguirem tudo isso, pois hoje já são 1.675 bons exemplos encontrados, abdicam de falar sobre problemas, pois passaram a falar sobre soluções, e conseguiram encontrar o sentido para a vida deles que é “fazer sentido na vida de outras pessoas”.
Trazendo o protagonismo para o nosso dia a dia, inspirados nos exemplos de superação e dedicação dados pelos palestrantes do CONARH, leva-nos a pensar em como atuar como protagonistas em nosso trabalho, de modo especial no RH.
A grande maioria das áreas de Recursos Humanos nas empresas não é protagonista, pois para ser protagonista, Elaine Saad, atual presidente da ABRH-Brasil e voluntária na organização do CONARH, aponta que o RH deve ter:
- Vínculos sólidos e tangíveis com as áreas do negócio;
- Influenciar as iniciativas e novos projetos;
- Liderar a agenda de capacitação das pessoas;
- Saber criar conflitos voltados para fins positivos, ou seja, argumentar com sabedoria;
- Apoiar e incentivar os investimentos em capital humano com foco em lucro e resultado; e,
- Focar na busca das melhores formas de trabalho entre pessoas e máquinas.
Em resumo, durante a abertura do CONARH 2018, Elaine diz que o RH deve ser estratégico, que não deve aceitar a posição de “backstage”, mas tem que estar, juntamente com as outras áreas chaves da organização, no palco principal.
Então, busque fazer a diferença e ser o protagonista na sua atividade e na sua vida. Trabalhe com um time em que você confia e “ame as pessoas quando elas menos merecem, pois será quando elas estão mais precisando”, como citou a Iara.
Para podermos refletir sobre o tema do CONARH 2018, Yohanssom finaliza com a frase “o sol nasce igual para todo mundo”, ou seja, quem deve buscar um diferencial é você, levantando de manhã sempre com autoestima e querendo fazer o bem.
Iara Xavier e Eduardo Xavier
Fundadores da Caçadores de Bons Exemplos
Yohansson Nascimento
Atleta Paralímpico