Gerar felicidade não é uma responsabilidade da empresa, pois é algo individual e ninguém pode ser responsável pela felicidade alheia. Saiba como lidar com colaboradores eternamente desmotivados.
O R.H. em muitas empresas trabalha arduamente no desenvolvimento de programas e projetos que buscam motivar seus colaboradores sem muito sucesso. O engajamento não acontece como se espera e os colaboradores que veem o trabalho como negativo estão sempre espalhando esse pessimismo, reclamando de tudo que a organização faz ou deixa de fazer.
Diante desta situação, fica cada vez mais difícil motivar os colaboradores. Mas, de fato, o que está acontecendo com os colaboradores destas empresas?
Membros da sociedade americana de recursos humanos (em inglês, a sigla SHRM) mapeiam há dez anos o quão contentes as pessoas estão com seu emprego atual. A conclusão é que, nos últimos quatro anos, os níveis de satisfação têm caído cada vez mais.
Os consultores da Towers Watson descobriram que na média atual 65% das pessoas se consideram desconectadas da organização, não acreditam que tenham suporte para realizar suas tarefas ou não se sentem bem física ou emocionalmente na empresa.
Entretanto, gerar felicidade não é uma responsabilidade da empresa, pois é algo individual e ninguém pode ser responsável pela felicidade alheia. Nem mesmo os ótimos programas da área recursos humanos conseguirão isto de maneira constante se o desejo de realização não partir do colaborador.
Até é possível picos de felicidade corporativa, mas elas tendem a diminuir se os colaboradores não entenderem seu real proposito de trabalhar e se sentirem equilibrados em suas funções.
É preciso desmistificar que o R.H. tem esta poção mágica. Essa seria uma responsabilidade incoerente para a área de gestão de pessoas, visto que a felicidade como um todo é algo muito complexo, com âncoras que tem variantes nos valores familiares, sonhos, conquistas e aquisições.
O R.H. pode, sim, criar e elaborar programas onde cada colaborador perceba o significado do que ele faz dentro da organização e qual o reflexo deste seu trabalho em uma comunidade. Conseguir visualizar um objetivo de vida atrelado ao trabalho de cada pessoa, ou seja, um proposito maior, faz com que o colaborador veja que existe um sentimento de satisfação, um orgulho por parte do quadro funcional em relação à empresa e isto se torna uma sutil forma de motivação.