A importância e o desafio do engajamento de colaboradores na busca de resultados pelas organizações

Engajamento refere-se à adesão ou envolvimento e significa dar em garantia ou empenhar-se, dedicar-se, fazer algo com afinco e vontade.

Todas estas expressões e, mais do que isto, sua aplicabilidade, é desejada pelas empresas quando se trata da atuação de seus colaboradores no trabalho. Isto por que muitas delas já compreenderam sua importância na constante busca por altas performances e comprometimento de longo prazo.

Inúmeras organizações oferecem salários e pacotes de benefícios atrativos para manter seus colaboradores chaves e de alto potencial em seu quadro. Esta prática é capaz de promover a retenção, mas não necessariamente, o engajamento por parte destes profissionais. Manter por meio de ofertas materiais não pode ser considerado uma ação direta para o engajamento, reter é diferente de engajar.

Segundo o psicólogo e especialista em gestão de pessoas, Cezar Augusto de Campos, num artigo para a Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH, conquistar o engajamento requer uma ação mais inteligente, mais ampla e afetiva. Ele completa sua afirmativa mencionando o trecho de um artigo publicado na revista Forbes “engajamento é o compromisso emocional que o profissional tem com a organização na qual trabalha, alinhado com seus objetivos pessoais”.

Assim, quando as crenças e valores do colaborador estão alinhados ao negócio e aos projetos nos quais está envolvido, isto garante um significado especial à sua vida e ele emprega maior energia na execução de suas tarefas, com mais entusiasmo e comprometimento. Esta atitude o levará a resultados mais expressivos e produtividade acentuada, o que é muito importante para as corporações.

Muitos outros motivos levam as companhias a se preocuparem e investirem no engajamento de seus funcionários. Colaboradores engajados transmitem e disseminam uma imagem positiva de sua empregadora para o mercado, equipes engajadas encaram os desafios com mais resiliência, além de tenderem a promover a redução de erros e de custos, como também ocorre uma queda no turnover, nas suas consequências financeiras e estratégicas.

Segundo o site da Revista Exame (maio de 2016) “uma empresa que conta com funcionários engajados pode ter um aumento de até 30% nos lucros”.

As formas de se promover este engajamento são temas recorrentes em grandes organizações e sabemos que os principais mecanismos para isto são: envolvimento das lideranças como exemplos e influenciadores de seus times, atribuição de significado ao trabalho desenvolvido pelos profissionais, manifestação de sua relevância não apenas dentro da organização como também para a sociedade, abertura para maior autonomia, atribuição de tarefas que permitam a realização pessoal e a exploração do seu potencial, oportunidades de desafios e ascensão profissional, reconhecimento, entre outros, que contam com a importante atuação da área de Recursos Humanos e precisam ser encarados como prioridade estratégica das empresas.

No entanto, a busca por este engajamento tem sido um grande desafio para estas. O cenário atual em que vivemos, de constantes mudanças, com tendências e demandas novas chegando a cada instante e em velocidade acelerada, tem tornado a rotina corporativa exaustiva, o que já faz parte da realidade nas companhias e impacta diretamente na atuação de seus funcionários.

A cobrança se torna cada vez maior, os prazos de entrega cada vez menores e o perfil dos colaboradores vai se modificando neste contexto, no qual se faz necessária a criação de uma conexão entre estes e seus anseios, com aspectos mais intangíveis da corporação.

A conquista de bem estar, satisfação e realização através dos intangíveis, são mais profundos e duradouros, capazes de contrapor esta rotina fatigante com a qual se convive.

Vale lembrar, no entanto, que o engajamento não depende apenas de ações da empresa, das lideranças ou do RH. Características de personalidade dos profissionais, também impactam na formação de times altamente engajados. Sendo assim, o processo seletivo também é uma etapa importante na identificação deste profissional emocionalmente envolvido. Perfis negativos, com baixa conexão emocional, que não arriscam, não se desafiam e não gostam de mudanças, são mais difíceis de se manterem engajados.

Segundo o site da Harvard Business Review Brasil – HBRB (janeiro de 2015) “manter o alto nível de engajamento tanto no momento de crise econômica quanto em um mercado aquecido é um fator crítico para o sucesso dos negócios.”

Esta é uma vantagem competitiva e um atributo que precisa ser lapidado, implementado a partir de um discurso fortalecido por atitudes. Ainda segundo a HBRB, é algo que exige ética, transparência e trabalho árduo, mas o resultado pode ser a criação de um cenário fortalecido, único e intransferível.

Desta forma, é possível compreender que o maior desafio não está em emitir um discurso favorável ao engajamento, mas sim, no fortalecimento deste através da coerência, das atitudes e ações efetivas, que mantenham o olhar direcionado ao seu recurso mais complexo e tão mutável, considerando o contexto desgastante no qual está inserido e humanizá-lo através dos intangíveis.

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