Tenho ouvido de profissionais de RH perguntando se o People Analytics transformará as pessoas em números e se colocará robôs em seu lugar. Este artigo tentará responder este questionamento e apresentará um caso real para ilustrar a resposta.
Embora o People Analytics seja visto muitas vezes como um tema complexo pelo profissional de RH, de difícil absorção, trata-se, na verdade, de uma metodologia importantíssima para a área de recursos humanos. O que é essencial é usar os dados disponíveis de forma inteligente e educar a nós mesmos e nossas organizações sobre uma abordagem mais baseada em fatos para enfrentar os desafios das pessoas.
Historicamente, a previsão do comportamento humano em um ambiente de trabalho é baseada fortemente em teorias. Teorias sobre o que tornou as pessoas eficazes em seus papéis, o que os tornou um grande potencial, e assim por diante. Essas teorias são muitas vezes derivadas de percepções psicológicas ou sociológicas e os insights são respaldados pelas opiniões de especialistas, tanto acadêmicos como de profissionais. Hoje, podemos aplicar dados para adicionar outra camada a esta equação. Isso não substitui a teoria e os conhecimentos, mas acrescenta uma visão mais profunda e mais poder à previsão. Ele acrescenta evidências que podem apoiar ideias existentes, mas em certos momentos pode, e também irá, desafiá-los e alterá-los.
Não é novidade analisar o comportamento dos colaboradores, mas como essa análise passou a ser feita é que é a grande novidade.
O People Analytics não transformará as pessoas em números e nem colocará robôs em seus lugares. Sempre haverá aspectos qualitativos e subjetivos a serem ponderados, então, não haverá uma robotização do RH!
Deixe-me contar um estudo de caso e vou citar os resultados de uma aplicação de People Analytics no Google que ilustra exatamente o que está sendo exposto neste artigo.
No Google, a promoção de seus engenheiros de software ocorre duas vezes ao ano em um grande comitê com centenas de pessoas. É muito tempo e dinheiro investido, então como fazer estas decisões mais eficientes?
O time de People Analytics do Google montou um modelo de tomada de decisão com todas as informações disponíveis no comitê. Este modelo alcançou uma precisão de 90% na decisão correta para as promoções. O que você acha que as pessoas do comitê pensaram sobre este modelo? Afinal, elas são pessoas que estão envolvidas o tempo inteiro com tecnologia.
Elas não gostaram! Elas não queriam uma caixa preta que apresentasse um resultado “mágico”. Elas queriam tomar suas próprias decisões, ao invés de utilizar um modelo que fizesse isto por elas. O que elas queriam era utilizar um modelo que as ajudasse a examinar suas próprias tomadas de decisão.
Vocês sabem o que o Google descobriu com tudo isto? Que eles devem deixar as pessoas tomarem as decisões sobre pessoas. O People Analytics não está vindo para ser um negócio de desenvolver algoritmos para substituir tomadores de decisão. O que se espera é que ele apoie as pessoas com informações muito mais relevantes para que elas sejam capazes de tomar as suas decisões.
O que temos agora é a possibilidade de somar metodologias humanas, experiências e intuição, estudos científicos, cálculos matemáticos e modelos estatísticos a fim de compreender e gerenciar de forma mais efetiva o que as empresas têm de mais importantes: as pessoas.
Em breve, todas as empresas acabarão investindo em People Analytics, já que as pessoas são o recurso mais importante e caro que elas possuem.
Peter Drucker diz que um dos pilares de seu pensamento sempre foi considerar o gerenciamento de um negócio uma arte, e não uma ciência exata. O RH lida com pessoas, seus valores e suas emoções, então a sensibilidade deve estar sempre presente em suas decisões.
Alan Murray, presidente da Fortune Magazine, comentando sobre o tema de People Analytics, diz que não precisamos fazer as pessoas melhores máquinas, precisamos fazer as pessoas melhores pessoas.
Acredito verdadeiramente que quando o People Analytics é aplicado da maneira correta, ele fornece os fatos e ideias que precisamos para fazer isso acontecer.
Como um sistema de RH pode ajuda-lo com o processo de People Analytics?
Um ótimo sistema de RH, especializado em gestão de pessoas, ajudará você a conduzir melhor seu processo de tomada de decisão estratégica sobre pessoas, permitindo decisões mais rápidas e melhor fundamentadas em fatos do que somente em “feeling”.
As análises serão tão boas quanto mais confiáveis forem os dados fornecidos para análise. Um sistema de RH, tal como o Join RH da Linked RH, ajudará você a coletar e organizar todas as informações de uma forma útil para seu Big Data no RH e para as análises mais comuns do People Analytics, e quando chegar o momento você poderá utilizar estes dados para análises preditivas.
O sistema Join RH pode ajudá-lo a alcançar um alto nível de maturidade de aplicação do People Analytics e com a ajuda da Linked RH você poderá modelar cenários alcançando o nível mais sofisticado.
O que tudo isso gera para sua empresa?
Um sistema de RH que incorpora análises de People Analytics aumentará sua eficiência operacional, ajudará você a obter maior engajamento dos líderes, trará maior agilidade e guiará sua empresa para ter um RH mais estratégico.
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