Chegou a hora do RH 3.0

As empresas precisam acompanhar as mudanças no mercado à medida que novas tecnologias surgem. O departamento de Recursos Humanos, como parte integrante das empresas, deve sempre acompanhar as mudanças. Já faz algum tempo que o RH deixou de ser um mero departamento burocrático e mecanicista para assumir o seu papel mais voltado à gestão das pessoas.

Quando se fala em evolução, e até atualização de aparelhos e aplicativos, é fácil dizer qual a versão que está sendo utilizada, se é a 2.0, a 4 ou a 5. Mas quando falamos de empresas e processos empresariais, como classificar a mudança?

O que é RH 3.0?

O RH 3.0 é uma resposta à evolução das próprias organizações, tanto que hoje é possível encontrar modelos de indústria 4.0 e gestão 4.0 — espera-se que, em breve, o RH também esteja na sua próxima versão. Antes de explicar o que é o RH 3.0, é necessário compreender um pouquinho do progresso nesse departamento.

O RH surgiu pela necessidade das empresas cumprirem com as leis trabalhistas, antes ele tinha um foco puramente burocrático e tecnicista que ficou conhecido como RH 1.0. Foi assim durante um bom tempo, entretanto, mais tarde, foi identificada a necessidade de treinar as pessoas e olhar mais para o lado comportamental delas, incentivar a motivação e gerar produtividade. Nesse contexto, o RH 2.0 passou a utilizar a nomenclatura gestão de pessoas e atuar como parceiro no desenvolvimento humano da empresa.

Agora o foco é cada vez mais desenvolver o potencial das pessoas e automatizar o “trabalho braçal”, essa é a proposta do RH 3.0. Com ele as empresas desejam extrair o que há de melhor na área, buscando estimular a inovação, a sustentabilidade e criatividade das pessoas. A nova perspectiva é poder lidar com a gestão de pessoas junto à tecnologia, ainda buscando a humanização do papel do gestor para atingir os resultados desejados.

 

Princípios e Desafios do RH 3.0

Os nativos digitais impactam a cultura organizacional trazendo para as empresas a necessidade de alternativas mais tecnológicas. Agora é a hora do RH 3.0! É o momento de trazer para dentro do departamento as tecnologias analíticas e cognitivas, o Big Data e o People Analytics, por exemplo.

Somente por meio de dados concretos fornecidos por essas tecnologias é que o RH deixará de tomar decisões baseadas na intuição e começará a se importar com os dados. Como ensina Alexandre Dietrich, é preciso aprender com outras áreas para fazer isso, o Marketing já utiliza há muito tempo ferramentas para entender o comportamento do cliente, por que não utilizar esta mesma ferramenta para entender o comportamento do funcionário?

Portanto, o RH 3.0 deve utilizar a tecnologia a seu favor deixando que o trabalho operacional seja realizado pelo software, assim sobra tempo para aprimorar o papel do business partner, modelo desejável no RH 3.0, pois atua no desenvolvimento dos talentos sem deixar de preocupar-se com as receitas da empresa.

O RH 3.0 vai exigir, entre outros desafios, que as pessoas do setor dominem ferramentas, aplicativos e outros sistemas. Para acompanhar o desenvolvimento digital, não será necessário tornar-se um expert no assunto, a compreensão básica do funcionamento do modelo 3.0 será suficiente. Além disso, nem sempre a área de recursos humanos recebe o bastante para investir em tecnologia e esse é o principal motivo para não evoluírem.

A liderança no RH 3.0

A liderança de pessoas surge como destaque no RH 3.0, porque apresenta uma nova maneira dos líderes se relacionarem com a sua equipe. As relações se tornam mais horizontais, e a visão ampla proporciona uma postura colaborativa.

O líder deve conhecer profundamente: a empresa, o mercado em que atua, o público alvo, o potencial da equipe e os recursos disponíveis para encaminhar processos de trabalho e criar soluções efetivas e vantajosas. Além disso, precisa despertar para um comportamento diferente no seu cotidiano, coaching, livros e cursos podem auxiliar nesta nova postura.

Liderar pessoas é reconhecer o valor delas e colocá-las nos lugares certos, conforme o potencial de cada uma. O interesse precisa ser genuíno e a palavra “talento” não pode ser apenas uma nomenclatura bonita para ser usada em reuniões. Nesse contexto, o RH 3.0 deixa de usar o termo Gestão de Pessoas para utilizar Liderança de Pessoas.

O departamento de Recursos Humanos precisa acompanhar o desenvolvimento das empresas, investir em tecnologias e em formação para desenvolver as pessoas que atuam nessa área. A tendência é que as atualizações continuem acontecendo. Ninguém deve ficar para trás, muito menos o RH!

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