Recrutamento e seleção: quando vale a pena contar com a ajuda de um headhunter?

Com o objetivo de agilizar e otimizar os trabalhos de recrutamento e seleção, muitas empresas, por meio de suas equipes de recursos humanos, recorrem aos serviços de um headhunter. Embora esse especialista seja um velho conhecido da área, alguns profissionais ainda não sabem definir qual é o melhor momento para contar com a ajuda dele.

Quem deseja acertar nessa decisão deve descobrir o que, de fato, faz um headhunter. Apelidado de caçador de talentos, ou caçador cabeças (numa tradução literal da expressão, que vem do inglês), esse expert tem a missão de encontrar a pessoa certa para preencher uma determinada vaga.

Ainda que os profissionais de recrutamento e seleção atuem com esse mesmo desafio, o headhunter recebe uma tarefa diferenciada. Na maioria dos casos, ele é convocado para preencher posições estratégicas (alta gestão) da companhia e que exigem uma visão mais aprofundada, tanto do negócio quanto do cargo em questão.

É por isso que nem todo headhunter possui formação e/ou carreira em recursos humanos. Engenheiros, advogados e outros tantos executivos podem aproveitar seus conhecimentos em determinada área para buscar novos talentos e, quem sabe, encontrar os próprios sucessores. Logo, a expertise em recrutamento e seleção surge com a prática e com cursos de curta duração.

Curiosamente, acredita-se que o primeiro profissional que atuou como headhunter tinha carreira militar. Trata-se do americano Thorndike Deland, que na década de 20 trabalhou no recrutamento e seleção de pessoas para organizações governamentais. Tempos depois, surgiram outros nomes no mercado que solidificaram a carreira.

Em razão disso, o headhunter costuma ser comparado a um consultor de recrutamento e seleção. Contudo, além prestar orientação, ele pode atuar de forma bastante ativa nos processos seletivos. Entenda melhor essa profissão nos tópicos a seguir.

O que faz um headhunter?

Profundo conhecedor do mercado de trabalho e dono de uma vasta rede de relacionamentos, o headhunter é responsável por prospectar talentos e abordá-los da melhor maneira possível, especialmente quando os profissionais estão empregados ou trabalham numa empresa concorrente.

Além de analisar currículos, históricos e habilidades dos candidatos, o headhunter faz a primeira triagem e apresenta os melhores executivos à empresa. Dependendo do caso, ele tem participação garantida na etapa de entrevistas, afinal, seus questionamentos fogem do comum e ajudam o gestor de RH a tomar a melhor decisão.

É importante lembrar que as contratações equivocadas – tão comuns nos trabalhos de recrutamento e seleção – geram enormes prejuízos para as companhias, mas quando isso acontece em posições de alto escalão, as consequências podem afetar ainda mais o negócio.

Quando contratar um headhunter?

Normalmente, as companhias recorrem à ajuda de um headhunter quando as ações de recrutamento e seleção envolvem:

  • Posições de alta gerência (presidentes, vice-presidentes, diretores e outros);
  • Posições estratégicas e confidenciais;
  • Posições que exigem especialistas, com um alto grau de conhecimento da área (engenharia, finanças, recursos humanos, dentre outras);
  • Posições em que há escassez de talentos;
  • Posições estratégicas e que possuem urgência para serem preenchidas;
  • Posições estratégicas em operações internacionais, quando há a necessidade de realizar recrutamento e seleção de executivos em outro país.

Quanto cobra um headhunter?

Os valores estipulados por um headhunter podem variar entre os profissionais. Contudo, estima-se que os preços cheguem a 35% do salário anual do executivo que foi contratado com a sua assessoria (35% do salário anual de um CEO, por exemplo).

Mesmo que o custo possa parecer alto, muitas empresas não abrem mão da ajuda do headhunter em seus trabalhos de recrutamento e seleção. Porém, é importante salientar que a presença dele não anula ou exclui a participação do líder de RH.

O caçador de talentos prospecta, dá suporte, aconselha e tem sua opinião valorizada. Mesmo assim, a decisão final a respeito da contratação ainda fica a cargo do executivo de RH – em comum acordo com o presidente.

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